sexta-feira, 27 de maio de 2011

Abertura do Panorama

Tópicos publicados na abertura do Panorama, edição desta sexta-feira.

TUDO NO SITE
Requerimento do vereador Fabiano Matte sobre os custos de reforma da Praça Marechal Deodoro foi oficialmente respondido nesta semana pelo prefeito Délcio Hugentobler. O chefe do Executivo lembrou em ofício o que já havia dito a esta coluna na semana passada, sobre as exigências dos órgãos de patrimônio histórico, mas também acrescentou que os valores da reforma foram calculados utilizando tabelas oficiais do governo federal. Sobre os documentos pedidos por Fabiano, o prefeito respondeu ao vereador que estão disponíveis na área de licitações do site da Prefeitura, orientando o vereador a buscá-los no portal. Mas Fabiano devolveu a orientação com uma sugestão ao Executivo: que revise e melhore o módulo de licitações do site. O vereador sugere que seja mais facilitado o acesso ao sistema.

MOÇÃO CONTRA O “KIT GAY”
Por meio de uma moção de repúdio, os vereadores de Taquara entraram na discussão sobre o chamado “kit gay” do governo federal, que nesta semana teve sua produção e distribuição para escolas suspensa por ordem da presidente Dilma. A moção do legislativo taquarense foi endereçada ao secretário estadual de Educação, José Clóvis de Azevedo, e ao ministro da Educação, Fernando Haddad. Com várias críticas à situação do setor no País, o documento chamou a atenção para a relevância que os governos estadual e federal têm dado ao tema. O texto diz que os vereadores ficam abismados com o convênio para a produção, com dinheiro público, do kit. O documento da Câmara foi proposto pelo presidente Paulo Mello e assinado pelos vereadores Carmem Kirsch, Caroline Telles, Fabiano Matte, Lauri Fillmann, Nelson Martins e Valdecir Almeida.

QUEREMOS VOCÊS
O Banco Santander deu mostras públicas, na última sexta-feira, do quanto lutará para manter a folha da Prefeitura de Taquara na instituição. Na data, a administração municipal liberou o pagamento do adiantamento salarial referente ao mês de maio. Depois de alguns meses acontecendo pela Caixa Federal, desta vez o dinheiro voltou a ser depositado no banco privado, por decisão da Justiça. E o Santander mostrou que quer continuar à frente do serviço: estendeu o tapete vermelho, colocou balões e trouxe dirigentes regionais para o atendimento dos servidores. Certamente, uma mostra de que esta luta judicial entre a Prefeitura e o banco privado ainda terá vários capítulos.

E AÍ, ADMINISTRAÇÃO?
Demorou, mas foi consertado o semáforo da esquina das ruas Federação e Pinheiro Machado, no Centro de Taquara. O equipamento que coordena o trânsito nas imediações da escola estadual Rodolfo von Ihering estava estragado desde 17 de abril, quando Taquara foi assolada por um forte vendaval. Mas o conserto só foi realizado na semana passada pela Prefeitura de Taquara, que sofreu um protesto. Dias antes de o conserto ser efetivado, o poste de sustentação do semáforo exibia um cartaz com os seguintes dizeres: “e aí administração taquarense, até quando vamos ficar sem sinal?”

Transparência levada a sério

A Prefeitura de Taquara deu um belo exemplo nesta sexta-feira. Hoje é o dia de vencimento da lei da transparência, que institui a obrigatoriedade dos municípios criarem mecanismos eletrônicos para divulgação, em tempo real, das receitas e despesas. Taquara pôs no ar um site completo, contendo as receitas e despesas do Executivo, com um nível de detalhamento bastante completo.

O Executivo mostrou preparo para lidar com a imposição legal. Na região, além de Taquara, deveria colocar na internet um “portal da transparência” a Prefeitura de Parobé. Mas, infelizmente, o município vizinho mostrou que não teve o cuidado necessário para lidar com uma nova exigência legal. No meio da semana, Parobé nem sabia exatamente de que forma cumpriria a legislação.

Nesta sexta-feira, pressionada pela grande imprensa, a administração colocou no ar dois arquivos em PDF contendo o balancete de receita e despesa. Infelizmente, os dois arquivos não contemplam o exigido pela legislação federal, que quer a divulgação de informações pormenorizadas. Exemplo de quando a transparência com o dinheiro público não é levada tão a sério.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Um alerta do Tribunal de Contas

Mesmo com o recente concurso público da Prefeitura, o Executivo taquarense vem pedindo a contratação emergencial para vários cargos nos últimos meses e a Câmara de Vereadores está autorizando. O Tribunal de Contas do Estado divulgou alerta sobre o assunto. Vejamos abaixo:

"TCE orienta sobre contratações emergenciais
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) emitiu orientação aos gestores e administradores públicos para que não realizem contratos emergenciais de forma direta, sob indicação. De acordo com a orientação, as contratações de pessoal necessitam de processos seletivos simplificados, instituídos através de editais e normativas amplamente divulgados. A decisão foi proferida durante sessão plenária, na última quarta-feira (18.05).

O eventual aproveitamento de servidores aprovados em concursos públicos e ainda não nomeados pode também ser aceito, desde que, obviamente, respeitados a correlação de atribuições e a ordem classificatória. A mesma decisão excepciona as situações de emergência que demandam imediatas providências, como no caso de calamidades, epidemias e outras situações que possibilitariam a contratação direta.
“Com a adoção de seleção prévia, pretende-se assegurar a observância aos princípios da igualdade, impessoalidade e moralidade, evitando-se favorecimentos e buscando-se sempre a qualificação dos serviços públicos prestados”, destacou o conselheiro relator do processo, Cezar Miola.
A orientação será comunicada oficialmente as administrações municipais, Federação das Associações dos municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Associação Gaúcha Municipalista e União Gaúcha dos Vereadores do Rio Grande do Sul (Uvergs)."

Disponível em: http://www2.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/administracao/gerenciador_de_conteudo/noticias/TCE%20orienta%20sobre%20contrata%E7%F5es%20emergenciais

sábado, 21 de maio de 2011

Avanço necessário

Segue abaixo artigo que escrevi recentemente e publicado na seção Caixa Postal 59 do Panorama, na edição dexta sexta-feira.

AVANÇO NECESSÁRIO
Como revelou recente edição do Panorama, o mês de junho deverá ser aquele em que finalmente o estacionamento rotativo de Taquara passará a funcionar de forma eficaz. Para o próximo mês está previsto o início de atuação dos agentes de fiscalização da “zona azul”, que terão poder de multar aqueles motoristas que atualmente não cumprem com o pagamento da taxa para estacionar no Centro de Taquara.

Passados três anos do início da cobrança deste tipo de estacionamento, é possível fazer uma análise positiva do sistema. Realmente, a “zona azul” cumpriu o papel de aliviar as vagas para estacionar no Centro, embora esteja carecendo de uma série de melhorias. O questionamento reside neste quesito: por que o poder público demora tanto para aplicar as mudanças tão necessárias ao estacionamento rotativo e ao trânsito como um todo?

O caso do estacionamento rotativo pode exemplificar outros problemas semelhantes da área de trânsito em Taquara, que não vêm sendo analisados e resolvidos pela Prefeitura. Emblematicamente, o trânsito taquarense ainda se vê envolvido na polêmica aplicação de tachões tranversais nas ruas, medida decididamente ilegal, uma vez que proibida por resolução do órgão nacional responsável pela regulação do trânsito.

Na esteira de tantos “detalhes”, cabe discutir os porquês destes fatos. Um deles, necessariamente, é a pouca importância dada, pela atual administração, ao Conselho Municipal de Trânsito. Ao negligenciar a existência deste órgão, empurrando com a barriga a sua reformulação, a Prefeitura de Taquara perde uma importante fonte de, no mínimo, ideias para serem implementadas. Sem falar no fato de que qualquer medida a ser aplicada no trânsito poderia estar respaldada pelo conselho, conferindo uma participação comunitária à decisão, por menor que seja.

Outro detalhe das modificações feitas no trânsito de Taquara são os “achismos”, sem os estudos técnicos competentes. Qualquer mudança a ser implantada depende necessariamente de estudos que comprovem a sua eficácia. Nos últimos tempos, estas modificações, ao que parece, têm sido feitas negligenciando esta parte importante do processo.

Por estes motivos, o que se espera é que nas próximas mudanças, necessárias ao estacionamento rotativo, a administração municipal ouça atenda a comunidade e aos critérios técnicos. É notório que a “zona azul” precisa de ajustes, mas estas precisam ser feitas de forma consensual, sem atropelos à legislação, e respeitando critérios que sejam bons para todas as partes envolvidas.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Abertura do Panorama

Tópicos sobre política publicados na seção abertura do Panorama, edição desta sexta-feira.

QUESTIONOU, PAROU
Na semana passada, o prefeito Délcio Hugentobler informou a esta coluna que respondeu a todas as solicitações pendentes da Câmara de Vereadores. Pois na sessão desta semana do Legislativo, pelo menos uma destas respostas chamou a atenção. O vereador Luis Felipe Lehnen revelou ter solicitado esclarecimentos à Prefeitura acerca dos critérios para a distribuição de aterros. O prefeito respondeu, segundo Lehnen, que os critérios foram definidos em termo de ajustamento de conduta firmado com o Ministério Público. A surpresa veio em seguida: na mesma resposta, o prefeito diz que, diante da solicitação de Lehnen, estaria cancelando a distribuição dos aterros. O vereador reagiu informando que não pediu para parar o serviço, mas apenas esclarecimentos quanto aos critérios adotados pela Prefeitura.

EXIGÊNCIAS DO IPHAE
Durante sua coletiva semanal de imprensa, nesta semana, o prefeito Délcio Hugentobler rebateu dúvida do vereador Fabiano Matte sobre os custos da obra da Praça Marechal Deodoro, conforme divulgado em tópico desta coluna na semana passada. Délcio reconheceu que o custo para a revitalização da praça foi maior do que o inicialmente previsto, mas isso ocorreu por conta das exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). O prefeito também salientou que o valor de R$ 382 mil foi obtido com a confecção de orçamentos, dentro do processo licitatório para a obra. “Estes processos são públicos e estão à disposição de toda a comunidade que tiver interesse em consultar”, finalizou Délcio.

GILDA É ABSOLVIDA
A prefeita de Parobé, Gilda Kirsch, foi absolvida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em julgamento no início desta semana. A mandatária respondia a termo circunstanciado em função de crime que teria sido cometido ainda nas eleições de 2008. Segundo a acusação, Gilda teria difamado o então candidato a vereador Deoclides Albino Silveira Filho, divulgando suposta cassação da candidatura. No TRE, os magistrados entenderam que o termo deveria ser arquivado. O motivo: não foram apresentadas provas de que Gilda realmente teria cometido a difamação, apenas o depoimento do então candidato. O arquivamento foi decidido de forma unânime.

MARCA REGISTRADA
A Câmara de Vereadores de Taquara voltou a contar nesta semana com uma de suas marcas registradas nesta legislatura: fortes altercações entre a vereadora Carmem Kirsch da Silva e o vereador Maurício Hugentobler. Primeiro a vereadora criticou que o pai de Maurício estaria fazendo trabalhos para a administração municipal, levantando suspeitas sobre o tema. Maurício rebateu fortemente a vereadora, dizendo que seu pai está atuando de forma voluntária para o Executivo em função dos últimos episódios climáticos. Também cobrou que Carmem Kirsch “lavasse a boca” para falar o nome de sua família e pediu esclarecimento sobre o táxi de Carmem ser emplacado em Parobé e ela atuar em Taquara.

PRESIDENTE PREPARADO
Após a confusão com Carmem Kirsch, Maurício Hugentobler voltou a ser criticado por um de seus colegas. Desta vez, foi o presidente Paulo Mello, que reclamou de um comentário que teria sido feito por Maurício, dando conta de que o “presidente seria despreparado”. Na tribuna, Mello pediu que os problemas internos da Câmara sejam resolvidos entre os colegas e disse que é preparado sim para a condução do Legislativo. Tanto que anunciou o cumprimento de duas de suas metas na condução da Câmara: a resolução do problema do elevador e a realização de concurso público para o Legislativo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

O inexplicável conceito de ética do governo Dilma

É inexplicável a situação do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci. Mais inexplicável ainda é como ele continua no governo, com, no mínimo, sérias dúvidas sobre sua a conduta ética. Ora, como um ministro explica um salto financeiro do tamanho do obtido por Palocci? O mais engraçado da história: a comissão de ÉTICA PÚBLICA da Presidência declarou que não vai investigar nada. Mas que ética é esta? O caso envolvendo Palocci exige, sim, sérias investigações, mas o governo, parece que seguindo a velha cartilha de Lula, tenta abafar o caso sem apurar nada. Lamentável!

A política que não constrói

Quem acompanha como eu a Câmara de Vereadores de Taquara já em praticamente duas legislaturas completas vê alguns exemplos de política que não constrói. Aquela que só serve como perda de tempo, mas como resultado para o cidadão, nenhum. Mais um exemplo nesta semana, com nova troca de acusações entre os vereadores Carmem Kirsch e Maurício Hugentobler. Sem entrar no mérito da discussão de ambos, até porque não me interessa o assunto, mas vamos combinar: a Câmara não é palco para termos, praticamente toda a semana, uma altercação com quase sempre os mesmos envolvidos. Precisamos discutir com mais foco os problemas de Taquara, para aí sim conseguirmos avançar na direção de suas soluções. Esta é a missão de um Poder Legislativo. Mas será que é tão difícil compreender?

sábado, 14 de maio de 2011

A UTI é regional

Ao completar um ano e meio de funcionamento, o Hospital Bom Jesus comemora avanços significativo. A casa de saúde, que ainda convive com uma imagem negativa do antigo Caridade, vem aumentando o número de leitos e prestando um número expressivo de atendimentos, mas ainda tem como seu maior desafio a abertura da tão aguardada Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Dentro deste anseio, Taquara recebeu, recentemente, a visita do secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, que discursou sobre a UTI na inauguração de uma nova ala do hospital, prometendo esforço para a abertura da unidade. No seu discurso, o secretário lembrou um aspecto importante da UTI que, às vezes, parece ficar esquecido: o caráter regional.

A abertura da estrutura no hospital taquarense não será um benefício apenas para o seu município sede, mas para todo o Vale do Paranhana. Um dos exemplos mais claros é a amenização da chamada “ambulancioterapia”, em que todos os dias centenas de pacientes deixam a região em direção a hospitais da Capital ou outras regiões do Estado, buscando um atendimento digno que poderia ser prestado aqui mesmo. Sem falar no grande salto que representaria para o hospital taquarense em termos de especialização e qualidade de atendimento, como ressaltam os próprios médicos quando entrevistados sobre a UTI.

Contudo, essa não é uma luta que deve ficar restrita as lideranças de Taquara. É preciso que todos os demais líderes, tanto políticos, como empresariais e sociais do Vale do Paranhana abracem a iniciativa e participem do processo de credenciamento, exercendo pressão sobre os seus representantes nos governos estadual e federal. Existem critérios que ainda precisam ser cumpridos para que a UTI saía do papel, como o número de leitos no hospital, mas obras estão sendo realizadas e em breve estarão prontas. Por este motivo, quanto maior a participação de todos os seis municípios no projeto, certamente mais agilidade terá o credenciamento. A abertura da UTI será, sem dúvida, uma das maiores contribuições a melhoria da qualidade do setor de saúde na região. Um projeto de futuro, que depende de todos nós.

As metas de Kaiser em 2008 eram...

Transcrevo aqui, trechos de uma matéria do Jornal Panorama, publicada em 4 de janeiro de 2008. A matéria retratava uma entrevista do então prefeito Cláudio Kaiser, falando sobre o último ano de governo. Eis o texto: "entre os planos de Kaiser para 2008 estão a solução para o impasse do camelódromo (que pode ou não permanecer no local atual), a reorganização da Praça da Bandeira e um projeto que pretende retificar as calçadas da cidade. Mas a principal obra deverá ser a construção de mais uma creche, com verbas federais, para atender 220 crianças do bairro Empresa".

Do texto, algumas conclusões: o governo do ex-prefeito Kaiser fez muito pouco para resolver a questão camelódromo, que chegou ao fim apenas dois anos depois de Délcio Hugentobler voltar ao comando da Prefeitura. Sobre calçadas, embora Kaiser não tenha conseguido levar adiante a ideia, ela andou pouco no governo Délcio, que chegou a conseguir aprovar uma lei sobre o assunto, mas até agora não obteve êxito em fazer o texto ir para a prática. E sobre a creche no bairro Empresa, comprova que ela foi um trabalho que iniciou num mandato e terminou no outro, o que é bom para Taquara.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Abertura do Panorama

Tópicos sobre política publicados na edição desta sexta-feira do Panorama.

CRUZADA NA DEFESA CIVIL
A Prefeitura de Taquara vem enfrentando uma verdadeira cruzada para ver aprovado projeto que cria o Fundo Municipal de Defesa Civil. Nesta semana, o prefeito Délcio Hugentobler convocou sessão extra do Legislativo para análise da proposta, anunciada no começo do ano. Desde então, vereadores fizeram vários questionamentos sobre o projeto, temendo diminuição de repasses ao Corpo de Bombeiros. O motivo: o fundo de Defesa Civil seria abastecido com a metade da arrecadação do Fundo de Reequipamento dos Bombeiros (Funrebom). Délcio refutou a hipótese dos bombeiros perderem verbas, levando em conta a projeção de aumento da arrecadação no Funrebom. Sobre a Defesa Civil, argumentou da necessidade de estruturar o setor, que hoje trabalha com equipamentos do Gabinete de Gestão Integrada Municipal.

RESPOSTAS À CÂMARA
Durante sua coletiva semanal de imprensa, o prefeito Délcio Hugentobler comentou que utilizou a primeira semana deste mês para se dedicar as respostas à Câmara de Vereadores. Segundo Délcio, até a próxima sessão do Legislativo praticamente todos os requerimentos e indicações deverão estar respondidos, o que foi combinado em uma recente reunião sua e o presidente da Câmara, Paulo Mello. O chefe do Executivo cobrou, no entanto, coerência dos vereadores nos pedidos. Citou caso de uma indicação sobre trânsito na rua Tristão Monteiro, onde um vereador pedia redutores de velocidade e o outro reivindicava a não instalação dos equipamentos.

OBRA CARA
Com início previsto para a metade deste mês, a obra de revitalização da Praça Marechal Deodoro suscitou dúvidas na sessão do último dia 4 do Legislativo taquarense. O vereador Fabiano Matte solicitou à Prefeitura o envio de memorial descritivo e documentação pertinente ao orçamento da obra, bem como dados sobre a tramitação do processo licitatório. Matte ponderou que os valores divulgados pela Prefeitura, na ordem de R$ 382 mil, sugerem possível demasia, o que, na visão dele, justifica a prestação de informações ao Legislativo. A medida tem como objetivo averiguar o princípio da economia na realização da obra.

PRAÇAS COMUNITÁRIAS
Na esteira da discussão sobre a falta de praças em Taquara, o vereador Maurício Hugentobler lembrou, na sessão desta semana do Legislativo, de um projeto implantado ainda no primeiro mandato do prefeito Délcio Hugentobler. Por meio de indicação ao Executivo, Maurício pediu a retomada do programa de instalação de praças comunitárias, que, segundo o vereador, teve grande e positiva repercussão junto à comunidade entre 2001 e 2004. Maurício sugeriu ainda que, caso o programa seja efetivado, a Prefeitura proceda, além da instalação de brinquedos, a colocação de bancos e plantios de árvores, possibilitando que moradores próximos das praças tenham a oportunidade de usufruir momentos de lazer e diversão.

GIRARDI NEGA CANDIDATURA
Entrevistado no começo desta semana pelo programa Painel 1490, da Rádio Taquara, o ex-prefeito de Igrejinha, Elir Girardi (PTB), comentou o rompimento de seu partido com a administração igrejinhense, representada pelo PMDB. Girardi negou que seja candidato a prefeito, neste momento, mas não descartou a possibilidade de concorrer em 2012. “Nunca declarei para ninguém que seria candidato”, disse, lembrando que um mandato eletivo exige uma renúncia familiar muito grande, principalmente por conta de vários compromissos. Girardi considerou um erro do prefeito Jackson Schmidt o rompimento com o PTB e disse que, por enquanto, só representa o partido no governo estadual.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A culpa é dos políticos? Nem sempre!

A notícia que mexeu com o Rio Grande do Sul neste começo de semana foi o fechamento da unidade de produção da Azaleia em Parobé. O motivo para o alvoroço, como não poderia deixar de ser, é o desemprego de 840 pessoas, comprometendo a renda de um número igual de famílias. Tento sempre analisar neste blog alguns aspectos políticos da região e foi perceptível, desde que a notícia veio a público, condenações sobre o que políticos do Vale do Paranhana poderiam ter feito para evitar isso.

Posso dizer que, acompanhando a questão Azaleia desde que a venda da empresa foi confirmada para a Vulcabras, o poder de influência dos políticos regionais sobre a decisão é praticamente nula. O Executivo parobeense, por exemplo, poucas variáveis tinha a sua disposição para tentar evitar a decisão da empresa. Se formos verificar nos dados oficiais, veremos que o setor calçadista da região está criando empregos neste começo de ano. Portanto, a decisão da Azaleia de fechar a produção em Parobé levou em conta uma estratégia da empresa, cujo poder de influência política é praticamente nulo.

O problema da Azaleia traz à tona, novamente, a dificuldade que a região tem com representatividade política. Infelizmente, o Vale do Paranhana não é ouvido pelos governos estadual e federal e o setor calçadista, por conseguinte, também não vem sendo escutado. Em entrevista concedida à Rádio Taquara, no programa do colega Luis Carlos Masutti, o deputado Renato Molling levantou a necessidade de renovação da medida antidumping contra o calçado chinês. E qual será a liderança da região que vai se levantar para bater nesta tecla?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Abertura do Panorama

Tópicos sobre política publicados na abertura do Panorama, edição de 06/05/2011.

PT ABANDONA O GOVERNO
O Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou nesta semana que está abandonando o governo Délcio Hugentobler. Em nota assinada pelo presidente municipal da sigla, João Hernesto Weber, o PT informa que a decisão foi tomada na reunião do Diretório Municipal realizada no último dia 28. O partido diz que encerrou as conversações que vinha mantendo com o PDT e o prefeito municipal com vistas à rearticulação das forças políticas e também fez críticas ao governo Délcio. Na visão dos petistas, “a prática política adotada pela atual administração discorda dos princípios que norteiam o PT, de intensa participação popular e de promoção da cidadania”. Além disso, a manutenção da aliança impediria, segundo o PT, a pretensão do lançamento de candidatura própria em 2012.

FILIADOS LIBERADOS
De outra parte, a nota do PT explica que os filiados que participam do governo estão liberados para que, individualmente, busquem o seu caminho pessoal. O PT diz que os nomes foram indicados pelo prefeito e não pelo partido, dando conta de uma novidade: oficialmente, então, o PT não tinha indicados para a administração. Em entrevista à Rádio Taquara, o prefeito Délcio Hugentobler preferiu não comentar a saída do PT do governo, dizendo que uma posição seria externada pelo PDT. Os pedetistas, aliás, estão com novo presidente: o vereador Lauri Fillmann foi eleito em convenção realizada na semana passada.

PENDÊNCIAS A RESOLVER
Após a decisão tomada pelo PT de deixar o governo Délcio Hugentobler, ficou indefinida a situação de filiados da sigla que permanecem na administração. Um dos casos é de o Lorival da Rosa, diretor do Departamento de Trânsito. Ele disse ao Panorama que, por enquanto, continuará à frente do seu setor na Prefeitura, uma vez que possui pelo menos duas pendências a resolver. Uma delas é o caso que envolve os tachões, cuja retirada foi determinada pela Justiça, e o outra é a situação da rótula na rua Tristão Monteiro. Lorival pretende tomar uma decisão sobre a situação partidária somente depois que estes dois casos estiverem solucionados.

ROMPIMENTO EM IGREJINHA
Se em Taquara a distensão entre PT e PDT pode ser considerada surpreendente, não se pode dizer o mesmo de Igrejinha, onde o rompimento da aliança entre o PMDB e o PTB já era esperado desde o início do atual governo. Apesar de ambos nunca terem revelado publicamente os motivos, era notória a briga entre o prefeito Jackson Schmidt (PMDB) e seu antecessor Elir Girardi (PTB). Surpreendeu apenas o fato de que partiu dos peemedebistas a iniciativa do rompimento, anunciado através de nota oficial divulgada no meio da semana pelo diretório do partido. O comunicado usou termos fortes, colocando a culpa nos antigos aliados, que estariam insistindo numa nova candidatura a prefeito de Girardi, rompendo o acordo que deveria conceder a Jackson a prioridade de concorrer à reeleição com o PTB mantendo o vice.

VICE REJEITA ATÉ SALÁRIO
Ouvido pelo programa Painel 1490, da rádio Taquara, nesta quinta-feira, o vice-prefeito considerou precipitada a decisão do PMDB em romper a coligação. “Foi unilateral”, disse Vanderlei Petry, confirmando que havia tomado a decisão de se afastar totalmente da administração municipal, deixando o cargo de coordenador da Defesa Civil e até rejeitando o recebimento do salário de vice-prefeito. Também falando à rádio Taquara, o prefeito Jackson Schmidt lamentou igualmente o rompimento, mas atribuiu a decisão à posição adotada por líderes petebistas que vêm propugnando a candidatura de Girardi.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O efeito prático

O efeito prático da saída do PT do governo Délcio é praticamente nulo. Historicamente, o PT tem fraca estrutura em Taquara e, até hoje, não conseguiu alçar voos maiores. O efeito maior é a confirmação, novamente, das dificuldades políticas da administração, que agora se vê totalmente isolada e representada basicamente pelo PDT. Fica só uma incógnita a ser respondida: como vão ficar os nomes petistas no governo?

domingo, 1 de maio de 2011

Uma reflexão política

Começo de maio e escrevo aqui neste blog uma análise política em Taquara, colocando um pouco do que imagino ser a atual situação. De um lado, o prefeito Délcio Hugentobler comemora a confirmação de novas obras e recursos obtidos junto ao governo federal. De outra parte, porém, a administração está cada vez mais convivendo com dificuldades políticas. Tudo isso tem um norte: eleições 2012.

Nesta semana, se confirmou, na minha opinião, mais um erro político da administração: o convite ao PSDB para integrar o governo. Por mais que tenha integrantes no Paço Municipal, o partido, pelos sinais que dá, não aceitaria compor o governo. Avalia que seria um erro, uma vez que se colocou, com o vereador Luis Felipe Lehnen, como oposição durante os dois anos e meio do atual governo.

No mesmo sentido, o governo enfrenta agora a possível saída do Partido dos Trabalhadores, já cogitada desde a semana passada e cujo desfecho deve ser tornado público nesta semana. O PT tenta se firmar como uma nova sigla em Taquara, buscando crescer e finalmente ter um candidato ao Executivo, deixando de lado a histórica parceria com o PDT. Mas, além disso, existem feridas abertas entre a atual administração e o PT, as quais são uma incógnita como serão “curadas”. O que se sabe, por enquanto, é que, assim como o PSDB, nomes petistas deverão continuar à frente dos seus cargos na administração. Na mesma linha dos tucanos, não poderão responder pelo partido e terão que dizer que ficaram no governo por uma posição pessoal.

Em meio a tudo isso, a administração tenta se firmar com um novo momento de conquistas, anunciando obras. Durante as festividades de aniversário de Taquara, o prefeito Délcio revelou uma série de “boas novas”, mas o interessante é que, como mostrou a edição desta semana do Panorama, algumas delas ainda dependem de trâmites burocráticos para saírem do papel, caso do chamado “canal da Pinheiro”. Grande parte das obras são muito importantes para o futuro de Taquara. Por isso, como a oposição a Délcio parece bastante enrolada também, se o Executivo conseguir fazer com que as obras virem realidade, é possível contornar as dificuldades políticas para o pleito do ano que vem. Desde que, é claro, não se cometam mais atropelos na condução desta área.