sexta-feira, 6 de maio de 2011

Abertura do Panorama

Tópicos sobre política publicados na abertura do Panorama, edição de 06/05/2011.

PT ABANDONA O GOVERNO
O Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou nesta semana que está abandonando o governo Délcio Hugentobler. Em nota assinada pelo presidente municipal da sigla, João Hernesto Weber, o PT informa que a decisão foi tomada na reunião do Diretório Municipal realizada no último dia 28. O partido diz que encerrou as conversações que vinha mantendo com o PDT e o prefeito municipal com vistas à rearticulação das forças políticas e também fez críticas ao governo Délcio. Na visão dos petistas, “a prática política adotada pela atual administração discorda dos princípios que norteiam o PT, de intensa participação popular e de promoção da cidadania”. Além disso, a manutenção da aliança impediria, segundo o PT, a pretensão do lançamento de candidatura própria em 2012.

FILIADOS LIBERADOS
De outra parte, a nota do PT explica que os filiados que participam do governo estão liberados para que, individualmente, busquem o seu caminho pessoal. O PT diz que os nomes foram indicados pelo prefeito e não pelo partido, dando conta de uma novidade: oficialmente, então, o PT não tinha indicados para a administração. Em entrevista à Rádio Taquara, o prefeito Délcio Hugentobler preferiu não comentar a saída do PT do governo, dizendo que uma posição seria externada pelo PDT. Os pedetistas, aliás, estão com novo presidente: o vereador Lauri Fillmann foi eleito em convenção realizada na semana passada.

PENDÊNCIAS A RESOLVER
Após a decisão tomada pelo PT de deixar o governo Délcio Hugentobler, ficou indefinida a situação de filiados da sigla que permanecem na administração. Um dos casos é de o Lorival da Rosa, diretor do Departamento de Trânsito. Ele disse ao Panorama que, por enquanto, continuará à frente do seu setor na Prefeitura, uma vez que possui pelo menos duas pendências a resolver. Uma delas é o caso que envolve os tachões, cuja retirada foi determinada pela Justiça, e o outra é a situação da rótula na rua Tristão Monteiro. Lorival pretende tomar uma decisão sobre a situação partidária somente depois que estes dois casos estiverem solucionados.

ROMPIMENTO EM IGREJINHA
Se em Taquara a distensão entre PT e PDT pode ser considerada surpreendente, não se pode dizer o mesmo de Igrejinha, onde o rompimento da aliança entre o PMDB e o PTB já era esperado desde o início do atual governo. Apesar de ambos nunca terem revelado publicamente os motivos, era notória a briga entre o prefeito Jackson Schmidt (PMDB) e seu antecessor Elir Girardi (PTB). Surpreendeu apenas o fato de que partiu dos peemedebistas a iniciativa do rompimento, anunciado através de nota oficial divulgada no meio da semana pelo diretório do partido. O comunicado usou termos fortes, colocando a culpa nos antigos aliados, que estariam insistindo numa nova candidatura a prefeito de Girardi, rompendo o acordo que deveria conceder a Jackson a prioridade de concorrer à reeleição com o PTB mantendo o vice.

VICE REJEITA ATÉ SALÁRIO
Ouvido pelo programa Painel 1490, da rádio Taquara, nesta quinta-feira, o vice-prefeito considerou precipitada a decisão do PMDB em romper a coligação. “Foi unilateral”, disse Vanderlei Petry, confirmando que havia tomado a decisão de se afastar totalmente da administração municipal, deixando o cargo de coordenador da Defesa Civil e até rejeitando o recebimento do salário de vice-prefeito. Também falando à rádio Taquara, o prefeito Jackson Schmidt lamentou igualmente o rompimento, mas atribuiu a decisão à posição adotada por líderes petebistas que vêm propugnando a candidatura de Girardi.

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