domingo, 31 de julho de 2011

Vamos parar de dar palpites

Mais uma enchente. Assim a região se viu na semana passada. Infelizmente, o que veio depois foi a confirmação do grave problema enfrentado pelo Rio Paranhana, com a mudança do seu curso bem no local onde está situada a ponte da divisa entre Taquara e Parobé. Mudança de curso que ameaça estrada e casas vizinhas ao rio, deixando aflitas famílias que moram próximas.

Mas e agora, o que fazer? Primeiro, as prefeituras de Parobé e Taquara precisam agir conjuntamente. Até agora, se viu o Executivo de Parobé anunciando que vai tomar algumas medidas, mesmo que ao que parecem apenas paliativas, mas e a Prefeitura de Taquara? O que fará?

Em segundo lugar, precisamos parar de dar palpites sobre o que acontece no Rio Paranhana. Desde que o problema veio a público, faça-se justiça pela insistência do presidente da Câmara de Taquara, Paulo Mello, o que se vê é um show de palpites sobre qual seria solução. Infelizmente, porém, quem deve estudar o que será feito no rio são especialistas, que poderão indicar ao poder público o caminho correto a seguir. Quem sabe as prefeituras de Taquara e Parobé poderiam se unir para buscar o apoio especializado? Seria o primeiro caminho para um bom encaminhamento da solução ao problema.

Abertura do Panorama

Tópicos publicados na seção abertura do Panorama, na edição de 29/07/2011.
SEM DEBATE
Esquentou nesta semana o debate sobre o número de vereadores na Câmara de Taquara. Autor da proposta de uma audiência pública para ouvir a comunidade sobre o tema, Maurício Hugentobler (PDT) reclamou que seu requerimento foi rejeitado. “Lamento o isolamento e o distanciamento desta Casa do cidadão taquarense”, ponderou. Para ele, foi lamentável a rejeição do seu pedido, pois passou a impressão de que o Legislativo não quer debater o assunto com a comunidade. Anunciou voto contrário a qualquer proposta que vise a aumentar o número de vereadores. Maurício já havia revelado anteriormente sua posição de manter como está o número de legisladores municipais.

GASTOS MENORES
Bastante enfático sobre o assunto foi o vereador Nelson Martins (PMDB). Ele lembrou que a Câmara já baixou para 6% os recursos que recebe da Prefeitura, em 2008. Ponderou que com essa diminuição a Câmara deixou de arrecadar mais de R$ 1,4 milhão, salientando que, com isso, o Legislativo já deu sua contribuição na diminuição de gastos. Ponderou que se faltar dinheiro, caberá aos vereadores diminuírem seu salário. “Eu quero quinze vereadores e não estou preocupado com redução do salário”, disse. Anunciou também que vai propor que o repasse à Câmara continue em 6% na próxima legislatura, uma vez que a diminuição efetuada anteriormente previa que a medida valia apenas para a atual legislatura.

FIFI ACUSA DEMAGOGIA
Continuando o debate, o vereador Luis Felipe Lehnen (PSDB) aproveitou para declarar que votou favorável ao pedido de audiência pública por acreditar que o evento poderia ser importante. “Seria uma forma de juntar interior e cidade para discutir o assunto”, disse, lembrando exemplos de localidades que antes, com 15 vereadores, eram representadas e não são mais com dez parlamentares. Lehnen criticou o que chamou de demagogia de Maurício Hugentobler, pois ele não teria participado das reuniões no Legislativo que discutiram o assunto internamente, mas propôs um evento aberto ao público.

LORIVAL DEIXA O GOVERNO
Após o partido abandonar o governo, mais um integrante do PT deixou a administração municipal de Taquara. Lorival da Rosa confirmou na última sexta-feira que pediu ao prefeito Délcio Hugentobler a exoneração da diretoria de Segurança e Trânsito. Falando ao Panorama, o ex-diretor atribuiu sua saída do cargo a uma série de fatores, como a questão familiar e de sua empresa, além da própria situação partidária. Também lembrou um desgaste envolvendo a instalação dos tachões. Em sua coletiva de imprensa, o prefeito Délcio revelou já ter feito convite a um substituto de Lorival. O prefeito também anunciou que novas mudanças em cargos seriam confirmadas nos próximos dias, todas por critérios pessoais dos envolvidos.

EDUARDO QUER CAPINAR
O precário estado de conservação do Parque do Trabalhador virou cavalo de batalha do vereador Eduardo Kohlrausch no seu retorno ao Legislativo. Nesta semana, ele se fez acompanhar de colegas numa vistoria (foto) ao parque, onde foram constatados problemas de conservação no espaço. Num dos requerimentos enviados à Prefeitura, pede autorização do prefeito Délcio Hugentobler para que ele mesmo faça trabalhos de capina no parque, assim como buscar por patrocínio junto a empresas de Taquara para colocação de areia na pracinha das crianças. Eduardo quer ainda que a Prefeitura faça a reativação do aparelho de oxigênio no lago. Ele denunciou também que, após as suas cobranças sobre a academia do parque, a Prefeitura desmontou o espaço. Acompanhado dos colegas Paulo Mello e Fabiano Matte, ressaltou que o parque precisa estar em condições para a Feira do Livro.

domingo, 24 de julho de 2011

Como acreditar?

Lendo matéria da Zero Hora deste domingo, sobre o aumento do número de vereadores no Rio Grande do Sul, resolvi escrever sobre uma ideia errada que se vem passando aos eleitores no tocante ao gasto com o aumento de vereadores. Desde o começo de toda a celeuma envolvendo o número de legisladores municipais, brada-se que não haverá aumento de gastos. Tenho batido na tecla de que haverá sim mais custos para o cidadão suportar.

Para embasar este raciocínio, vamos a alguns dados, de quem acompanha legislativos municipais da região há mais de cinco anos, especialmente o de Taquara, onde participo de praticamente todas as sessões. Nos últimos dois anos, o Legislativo taquarense devolveu à Prefeitura o montante de R$ 440 mil, média de R$ 220 mil por ano. Minha fonte para este valor são notícias divulgadas pelo próprio Legislativo em seu site oficial e também as notas enviadas por meio da assessoria de imprensa da Câmara. E calculando somente o custo salarial dos cinco novos vereadores a que o Legislativo taquarense tem direito, chegamos a R$ 317.181,60 por ano. Ou seja: bem mais do que a Câmara teve de sobra para devolver ao Executivo, na média anual.

Está certo quando dizem que a nova legislação sobre o aumento do número de vereadores não permite majoração de gastos. Tecnicamente ela realmente não permite, ao manter os atuais limites de verbas que as Câmaras recebem. Mas e o que será feito com o que sobra do orçamento dos Legislativos atualmente? Este valor continuará sobrando e sendo repassado às Prefeituras? Ao que parece não, pois terá que ser utilizado para bancar, só de início, o custo salarial do incremento de vereadores.

Para que continue do jeito que está, só se os Legislativos cortarem em servidores. Contudo, como se sabe, a maioria dos cargos em confiança das Câmaras é nomeada pelos partidos políticos. Como acreditar que os partidos, que defendem tanto o aumento do número de vereadores, vão aceitar diminuir os cargos nos legislativos? Como acreditar que o mesmo número de servidores de uma Câmara de Vereadores dará conta de atender ao aumento de, em alguns casos, até 50% na demanda de trabalho com o acréscimo de cinco vereadores? Algumas perguntas que ficam no ar, esperando que sejam respondidas por nossos representantes.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Abertura do Panorama

Tópicos publicados na abertura do Panorama, edição de 22/07/2011.

AUDIÊNCIA REJEITADA
O vereador Maurício Hugentobler recebeu fortes críticas na sessão desta semana da Câmara, por ter proposto uma audiência pública para discutir o número de vereadores para as próximas legislaturas. O pedido de Maurício foi rejeitado pelos colegas por seis votos a três. Contou com aprovação apenas do próprio autor, de Cláudio Rocha e Luis Felipe Lehnen. Pessoalmente, Maurício disse que tem se posicionado a favor da manutenção do número atual de vereadores, por entender que a comunidade fica bem representada, além do fato de que um menor número de vagas aumenta o grau de legitimidade dos eleitos. Na audiência proposta pelo pedetista, a participação da comunidade seria aberta por meio da tribuna.

CONSULTA POPULAR
Depois de um pedido de prestação de contas por parte da Cics-VP, a vereadora Carmem Kirsch também enviou requerimento ao Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Paranhana/Encosta da Serra. Ela quer que o órgão envie ao Legislativo a prestação de contas das últimas edições da Consulta Popular. Pediu as informações discriminadas para que possam ser divulgadas antes da realização da próxima edição da Consulta. Segundo Carmem, a comunidade questiona os vereadores, membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento (Comude) e voluntários sobre a prestação de contas dos recursos oriundos das prioridades votadas em anos anteriores. Ela afirma ainda que a grande maioria desconhece esses resultados. Carmem ressalta que a ideia é incentivar de forma democrática a participação no processo.

E O DISTRITO INDUSTRIAL?
De volta à Câmara, o vereador Eduardo Kohlrausch, suplente do PTB, aproveitou nesta semana para relembrar um projeto votado por ele mesmo enquanto esteve substituindo a vereadora Carmem Kirsch, no ano passado. É a proposta que trata da aquisição do distrito industrial. Ele mandou requerimento à Prefeitura pedindo que o Executivo informe como está a situação atual desta aquisição. Além disso, quer esclarecimentos sobre as tratativas que ocorreram até o presente momento. Sabe-se, contudo, que a Prefeitura tentou desapropriar o terreno e não conseguiu porque o caso foi parar na Justiça. Recente decisão do Judiciário levou o processo para Brasília, a ser analisado pelo Superior Tribunal de Justiça.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cinema ocioso

Vou voltar a este tema, ao qual já abordei aqui no blog, para emitir novamente uma opinião bastante particular minha, mas que acredito também ser compartilhada por alguns taquarenses. A destinação que se dá ao Centro Educacional Índio Brasileiro Cezar, o antigo Cine Viena. Quando será que a sala, que consome um bom recurso mensal a título de valor de condomínio, passará a ter melhor destinação?

A pecha da compra do Cine Viena será um dos cavalos de batalha da oposição contra a atual administração na campanha de 2012. Podem apostar! Mas poderia ser diferente, bastasse a atual administração ter promovido mudanças na forma de utilização do espaço, aproximando ele da comunidade.

Escrevo novamente sobre o tema porque li numa edição recente do Jornal NH comentário de uma leitora reclamando que em Taquara não contamos com um cinema. Será que a Prefeitura não poderia aproveitar o espaço que possui para a promoção de sessões de cinema comunitário? Organizar um evento assim é tão difícil? Cinema comunitário a própria Câmara já promoveu, em 2009, e com um resultado razoável.

A alegação de sempre é a mesma: comprado com recursos da educação, é possível realizar apenas eventos da educação no local. Pois essa alegação não é possível admitir, uma vez que a própria prefeitura já utilizou o espaço para realizar uma série de outros eventos que não são da área. Essa alegação justifica a total prioridade que se deve dar ao espaço para sediar eventos educacionais, sob o detrimento de qualquer outra promoção. Mas não justifica a sala ficar fechada na grande maioria dos finais de semana, por exemplo, sem receber qualquer tipo de atividade.

Informação sigilosa

Do manual de redação do mais importante jornal do País, Folha de S. Paulo, quando se discute muito sobre a publicação de notícias contendo informações sigilosas. Isso não autoriza jornais a grampear pessoas, como fez o News of the Word, mas que quando obtém acesso a informações sigilosas, deve publicar.

informação sigilosa - O dever de manter sigilo sobre informação é do responsável por ela. O dever do jornalista é apurar e divulgar qualquer informação que seja do interesse do leitor, sigilosa ou não. (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_projeto_i.htm).

Abertura do Panorama

Tópicos publicados na seção Abertura do Panorama, edição de 15 de julho de 2011.

LICITAÇÃO PARA MÁQUINAS (I)
O vereador Luis Felipe Luz Lehnen aproveitou seu pronunciamento na sessão desta semana para questionar uma licitação da Prefeitura de Taquara. Cobrou explicações sobre um registro de preços tomado pelo Executivo, que prevê a contratação de seis máquinas num total de 18 mil horas. A empresa vencedora do certame, segundo Lehnen, apresentou a proposta de R$ 1,99 milhão para realizar os serviços. O vereador, contudo, diz ter efetuado orçamentos para a compra dos equipamentos, que totalizaram R$ 2,3 milhões. Outro problema levantado por Luis Felipe foi a desclassificação de empresas participantes da licitação por regras contidas no edital que teriam entendimento dúbio.

LICITAÇÃO PARA MÁQUINAS (II)
Ao Panorama, o prefeito Délcio Hugentobler considerou “paranóica” a dúvida levantada pelo vereador Luis Felipe Luz Lehnen. Disse que não levaria o assunto a sério e que o registro de preços é apenas uma previsão de compra, e não a confirmação da contratação. Ressaltou que o pregão, inclusive, não conta com vinculação orçamentária. Segundo Délcio, a medida é uma precaução para o caso de que, se município enfrentar uma situação de emergência, já possa efetuar a contratação sem ter que passar por uma licitação. Também disse que as máquinas poderiam ser utilizadas nas várias obras do PAC previstas para o município. “É preciso lembrar que estamos trabalhando com 126 metas de gestão”, frisou. Finalizou lembrando que todo o processo é público e transparente.

NÚMERO DE VEREADORES
Cumprindo o que havia anunciado na semana passada, o presidente da Câmara de Taquara, Paulo Mello, colocou em pauta a discussão sobre o número de vereadores do Legislativo. Após debate com os colegas na sessão desta semana, ficou decidido que uma reunião entre todos os vereadores será realizada na próxima segunda-feira, antes da sessão semanal do Legislativo. Paralelamente a isso, o PSDB já fechou posição acerca do assunto. Segundo o presidente da sigla, Luiz Felipe Lehnen, os tucanos vão defender a composição de 13 vereadores. O PTB também já anunciou sua posição, defendendo 15 parlamentares. O PMDB, segundo fontes revelaram ao Panorama, defenderia também o aumento para 15. Ainda estaria indefinida a posição do PDT e do PP.

PREJUÍZOS AOS MUNICÍPIOS
Prefeito Délcio Hugentobler saiu em defesa dos municípios atingidos pela Operação Cartola. Presidente da Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (Ampara), Délcio disse que viu um absoluto excesso da Polícia Civil na ação. Para ele, os documentos que foram buscados nas Prefeituras poderiam ter sido solicitados por meio de ofícios. “São documentos públicos”, ponderou. Délcio avaliou que a exposição negativa dos municípios investigados pode acarretar em consequências até mesmo na obtenção de recursos junto ao governo federal. Hugentobler também disse que na próxima reunião da Ampara colocará o assunto em discussão, para a avaliação conjunta dos prefeitos sobre qual medida será tomada pela associação regional, que tem entre os filiados o município de Parobé, um dos alvos da Operação Cartola.

PORNOGRAFIA NA CÂMARA
Criticado por vereadores de oposição ao governo Gilda Kirsch, após ter rejeitado pedido de CPI para investigar as denúncias da operação Cartola, o presidente da Câmara de Parobé, Altair Machado, contra-atacou. Em entrevista à Rádio Taquara, denunciou suposto uso irregular dos computadores do Legislativo por parte de servidores nomeados pela oposição. Machado disse ter provas do acesso a sites com conteúdos pornográficos durante o horário de expediente. Acrescentou que deverá tomar atitudes sobre o caso e disse que o assunto vinha sendo investigado há mais tempo.

sábado, 16 de julho de 2011

O presídio que dá certo

Posto abaixo uma matéria de fevereiro deste ano, da TV Bandeirantes. Eu, sinceramente, não tinha visto ainda essa reportagem e tive a oportunidade de conferir neste sábado. Vale a pena conferir como um trabalho sério está recuperando a imagem do presídio taquarense. Como ideias inovadoras podem significar um avanço enorme na forma como tratamos a segurança pública em Taquara.


domingo, 10 de julho de 2011

Controle social

Reproduzo abaixo editorial do Jornal Panorama desta semana (08/07/2011), tratando da Conferência Municipal de Saúde de Taquara.

Controle social
O último sábado foi dedicado, em Taquara, às discussões sobre o setor de saúde, com a realização da sétima edição da Conferência Municipal de Saúde. O evento, realizado na Unipacs, resultou num conjunto de propostas a ser defendido por delegados eleitos durante a conferência no evento de âmbito estadual.
O que chamou a atenção, contudo, foi uma proposição feita por um dos eixos temáticos, sugerindo uma moção de repúdio à baixa participação da classe médica nos debates. Como era de se esperar, a moção proposta gerou intenso debate entre os participantes e, posta em votação, acabou sendo rejeitada por 19 votos contra oito.
Mesmo tendo sido rejeitada, a moção serve para levantar um debate muito mais extenso do que apenas debitar na classe médica a pouca representatividade do evento. Como bem salientou um dos médicos presentes, esta pouca participação decorre de um processo de descrença no setor público, principalmente no Sistema Único de Saúde.
Se houve pouca representação da classe médica, e ela houve, uma vez que apenas dois médicos marcaram presença durante os debates, essa baixa participação também foi de outros setores. Mas, acima de tudo, a falta foi da comunidade taquarense. Numa cidade com mais de 55 mil habitantes, um grupo restrito a cerca de cem pessoas esteve no evento.
Mas se houve baixa representação da comunidade, também houve do poder público. O Legislativo, por exemplo, esteve presente nos debates com apenas dois vereadores durante todo o encontro. Com tantas cobranças sobre o setor de saúde externadas nas sessões ordinárias semanais, era de esperar que a Câmara estivesse em peso no encontro. A Prefeitura de Taquara, por sua vez, esteve representada por apenas dois secretários municipais.
Portanto, muito mais que o simples débito na classe médica, a pouca representatividade da Conferência Municipal de Saúde mostra que ainda é preciso avançar, e muito, na importância que se dá a este tipo de evento. É nele que se tem a oportunidade de exercer o controle social sobre os serviços prestados pelo Estado aos contribuintes. Somente por conferências como estas é que se pode garantir que os governos destinem os seus investimentos para aquilo que é considerado importante.

Abertura do Panorama

Tópicos publicados na seção abertura do Panorama, edição de 08/07/2011.

LICENÇA POR INTERESSE
O vereador Valdecir Vargas de Almeida (PTB) confirmou nesta semana pedido de licença do seu partido, por interesse pessoal. Na prática, porém, a licença foi para que ele assumisse como secretário municipal de Saúde. No documento que entregou ao partido, Almeida anexou cópia do estatuto petebista para frisar que está respaldado pelas regras vigentes. Tanto que o próprio presidente do partido, João Luiz Ferreira, admitiu ao Panorama não acreditar em uma punição ao vereador. Levado à Executiva Municipal do PTB ainda na noite de quarta-feira, o pedido de licença foi aceito pelos correligionários de Valdecir. Mesmo assim, eles repudiaram o fato do vereador ter assumido a Secretaria de Saúde. Ferreira acredita que Valdecir vai sofrer um constrangimento ético na relação com seus companheiros de sigla.

CARMEM VOTA CONTRA
Licenciado do PTB, Valdecir Almeida não poderá falar em nome do partido durante sua passagem pelo governo Délcio Hugentobler. Ele disse ao Panorama estar tranquilo quanto à situação partidária e revelou que já vinha recebendo cobranças de correligionários sobre seu apoio à administração na votação dos projetos. “O que é bom para Taquara nós estamos apoiando”, disse Almeida. No seu pedido de licença, o vereador sofreu resistências na Câmara. A vereadora Carmem Kirsch (PTB) votou contra o requerimento, alegando que o partido é de oposição e que não poderia admitir um integrante do PTB no governo.

EDUARDO EMPOSSADO
Na esteira da licença de Valdecir Almeida da Câmara, o PTB tem um novo representante no Legislativo. Foi empossado na quarta-feira o suplente Eduardo Carlos Kohlrausch, que já esteve no Legislativo em 2010, ocupando a função enquanto Carmem Kirsch esteve afastada por decisão judicial. Na sua breve passagem pela Câmara, Eduardo Kohlrausch, a exemplo de Valdecir Almeida, também se mostrou alinhado ao governo Délcio.

DÉLCIO X PAULO MELLO (I)
O prefeito Délcio Hugentobler e o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Mello, travaram uma queda de braço política nesta semana. Na segunda-feira, Délcio enviou ao Legislativo ofício com várias reclamações contra o presidente da Câmara. A principal delas foi relacionada a outros três ofícios enviados por Paulo Mello ao Ministério das Cidades, pedindo explicações sobre projetos de pavimentação, ampliação de postos de saúde e construção de casas. Na avaliação do prefeito, a intervenção de Paulo pode colocar em risco os projetos, levantando dúvidas perante o governo federal. Délcio reclamou também que os ofícios não foram votados pelos demais vereadores e enviados a Brasília de forma individual pelo presidente da Câmara.

DÉLCIO X PAULO MELLO (II) Questionado por Panorama a respeito das reclamações de Délcio, Paulo Mello refutou qualquer ilegalidade no fato de não ter submetido os ofícios a aprovação dos demais vereadores. Reiterou que está entre as prerrogativas do presidente enviar este tipo de documento. Disse ainda que está fazendo o seu trabalho como vereador, pedindo informações sobre a tramitação dos projetos, reclamando também do constante atraso nas respostas por parte de Délcio. Afirmou estar decepcionado com o ofício contendo as reclamações do prefeito e disse que procurou advogados para acionar o chefe do Executivo a respeito do que considerou calúnias contidas no documento. Mello disse que não fez nenhuma denúncia contra a administração, como Délcio mencionou em seu ofício.

E AS RODOVIAS?
Os problemas em rodovias da região foram alvo de requerimento do vereador Fabiano Matte (PMDB) ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem. Ele pediu que o órgão informe sobre os pedidos de instalação de equipamentos de segurança nas ERS’s 020, 115 e 239. “Espera-se que a efetivação destes pedidos possa ser realizada da forma mais breve possível”, pontuou. Lembrou ainda que a comunidade do bairro Cruzeiro do Sul aguarda, também, melhorias para uma travessia segura na ERS-239. No documento, o vereador destacou que a comunidade aguarda a plena realização da duplicação da ERS-239, especialmente no trecho urbano em Taquara. Para Fabiano, a obra ajudará a reduzir o estrangulamento no trânsito atualmente.
E AS SOBRAS?
Depois dos questionamentos sobre o custo, a Prefeitura de Taquara terá que dar novas explicações à Câmara sobre a obra da Praça Marechal Deodoro. Por meio de requerimento aprovado na sessão desta semana, o presidente do Legislativo, Paulo Mello (PTB), quer saber o que será feito dos materiais retirados do logradouro público. Citou como exemplo o basalto.

TRANSPARÊNCIA FALHOU
A Câmara de Vereadores de Parobé falhou na transparência. Ao fazer pesquisa regional nesta semana sobre o aumento do número de legisladores municipais, Panorama foi surpreendido com a decisão de que o Legislativo parobeense terá 15 vereadores a partir de 2013. Segundo o presidente Altair Machado, a proposta foi aprovada ainda em 2010. Faltou transparência à Câmara, contudo, ao não divulgar uma proposição bastante polêmica e que poderia ter recebido uma contribuição da comunidade parobeense, que acabou privada desta oportunidade. Machado, licenciado na época da votação, garantiu que não participou da decisão e se disse favorável a manter em dez o número de vereadores.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um exemplo

Nesta quarta-feira, acompanhei pelo Jornal Panorama o anúncio dos shows da Oktoberfest de Igrejinha (vejam no site do jornal). Contando o tempo de TCA, vou para a sétima cobertura de Oktoberfest. Precisamos cumprimentar a Amifest pelo anúncio de uma extensa programação de shows, que certamente atrairá público de todos os gostos. Posso dizer que a nominata de artistas deste ano é uma das mais completas das últimas edições. É um exemplo a ser seguido por muitos que tentam fazer eventos aqui na região, mas com total falta de planejamento acabam fracassando.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Abertura do Panorama

Tópicos publicados na seção Abertura do Panorama, na sessão desta semana, dia 1º de julho.

DUPLA DE OPOSIÇÃO
Atuando em dupla em muitas ações na Câmara, os vereadores Fabiano Matte (PMDB) e Luis Felipe Lehnen (PSDB) têm provocado a curiosidade sobre como vão se comportar em relação às eleições de 2012. Ambos não revelam intenções sobre o próximo pleito. Mas as cobranças à Prefeitura seguem no Legislativo. Nesta semana, os dois pediram que o Executivo explique os custos da reforma do prédio da Secretaria Municipal de Educação, no antigo CNEC. Os vereadores pediram informações sobre a diferença de orçamentos entre uma licitação cancelada e o procedimento em vigor, que prevê investimento de R$ 525.643,40. Sozinho, Fabiano Matte foi mais longe: pediu que a Prefeitura comprove se ainda tem o dinheiro para a desapropriação do distrito industrial. Ele quer cópia do extrato bancário sobre o depósito dos recursos.

PTB ENDURECE
O PTB endureceu o jogo com o vereador Valdecir Almeida, que foi convidado pelo prefeito Délcio Hugentobler para assumir como secretário municipal de Saúde. Ao Panorama, o presidente da sigla, João Luiz Ferreira, disse que uma reunião da Executiva municipal foi realizada no último dia 23. Integrante do órgão, Valdecir esteve presente. Segundo Ferreira, o vereador foi questionado se assumiria o cargo na administração. Almeida respondeu que ainda não havia tomado uma decisão, mas que se licenciaria do partido caso entrasse no governo. Mas os integrantes da Executiva rechaçaram essa hipótese, segundo Ferreira. Se Valdecir entrar no governo, terá que deixar o PTB e o mandato será questionado. O presidente petebista reiterou que a sigla é de oposição ao governo Délcio.

REGRA PARA PROJETOS
O prefeito Délcio Hugentobler anunciou, durante sua coletiva de imprensa de segunda-feira, o envio de vários projetos para a Câmara de Vereadores. Um deles, o que envolve a solução para a novela da construção da escola Alípio Sperb, autorizando a Prefeitura a receber os recursos do governo federal destinados à obra. Mas o Legislativo pôs em prática novas regras para o recebimento das propostas da Prefeitura. As matérias enviadas na segunda-feira não tiveram publicidade na sessão desta semana, ficando para a próxima sessão. Pela nova regra, a Prefeitura tem que apresentar seus projetos até quinta-feira, caso queira que eles entrem em análise já na semana seguinte. A mudança foi liderada pelo presidente da Câmara, Paulo Mello (PTB).