sábado, 21 de maio de 2011

Avanço necessário

Segue abaixo artigo que escrevi recentemente e publicado na seção Caixa Postal 59 do Panorama, na edição dexta sexta-feira.

AVANÇO NECESSÁRIO
Como revelou recente edição do Panorama, o mês de junho deverá ser aquele em que finalmente o estacionamento rotativo de Taquara passará a funcionar de forma eficaz. Para o próximo mês está previsto o início de atuação dos agentes de fiscalização da “zona azul”, que terão poder de multar aqueles motoristas que atualmente não cumprem com o pagamento da taxa para estacionar no Centro de Taquara.

Passados três anos do início da cobrança deste tipo de estacionamento, é possível fazer uma análise positiva do sistema. Realmente, a “zona azul” cumpriu o papel de aliviar as vagas para estacionar no Centro, embora esteja carecendo de uma série de melhorias. O questionamento reside neste quesito: por que o poder público demora tanto para aplicar as mudanças tão necessárias ao estacionamento rotativo e ao trânsito como um todo?

O caso do estacionamento rotativo pode exemplificar outros problemas semelhantes da área de trânsito em Taquara, que não vêm sendo analisados e resolvidos pela Prefeitura. Emblematicamente, o trânsito taquarense ainda se vê envolvido na polêmica aplicação de tachões tranversais nas ruas, medida decididamente ilegal, uma vez que proibida por resolução do órgão nacional responsável pela regulação do trânsito.

Na esteira de tantos “detalhes”, cabe discutir os porquês destes fatos. Um deles, necessariamente, é a pouca importância dada, pela atual administração, ao Conselho Municipal de Trânsito. Ao negligenciar a existência deste órgão, empurrando com a barriga a sua reformulação, a Prefeitura de Taquara perde uma importante fonte de, no mínimo, ideias para serem implementadas. Sem falar no fato de que qualquer medida a ser aplicada no trânsito poderia estar respaldada pelo conselho, conferindo uma participação comunitária à decisão, por menor que seja.

Outro detalhe das modificações feitas no trânsito de Taquara são os “achismos”, sem os estudos técnicos competentes. Qualquer mudança a ser implantada depende necessariamente de estudos que comprovem a sua eficácia. Nos últimos tempos, estas modificações, ao que parece, têm sido feitas negligenciando esta parte importante do processo.

Por estes motivos, o que se espera é que nas próximas mudanças, necessárias ao estacionamento rotativo, a administração municipal ouça atenda a comunidade e aos critérios técnicos. É notório que a “zona azul” precisa de ajustes, mas estas precisam ser feitas de forma consensual, sem atropelos à legislação, e respeitando critérios que sejam bons para todas as partes envolvidas.

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