sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Segurança comunitária

Reproduzo abaixo editorial publicado na edição de 12/08/2011 do Jornal Panorama.

Taquara sediou nesta semana, mais uma vez, a discussão sobre o Plano de Contenção Criminal, iniciativa surgida há dois meses para abarcar os projetos de segurança pública da Agenda Paranhana 2020. O que chama atenção nos debates é a disposição das autoridades de segurança de ver a comunidade inserida no processo de decisões da área. Uma iniciativa que certamente poderá acarretar em vários reflexos positivos para o combate à criminalidade no Vale do Paranhana.
Como bem ressaltou o major Cláudio Rieger, um dos responsáveis pela elaboração do plano, todo o policiamento é direcionado à comunidade. Mas dela espera-se o apoio necessário para que o combate à criminalidade tenha o máximo de eficácia. A comunidade pode e deve pensar segurança pública em conjunto com as autoridades, nem que seja contribuindo com uma simples informação às corporações policiais.
Neste sentido, o Plano de Contenção Criminal mostra-se como uma iniciativa que, se levada a sério e bem executada pelos órgãos de segurança, pode apresentar resultados significativos para os municípios do Paranhana. Não apenas porque nele estão inseridos aspectos de planejamento do combate ao crime com a repressão utilizando a força, um dever das corporações. Mas também porque o plano contém, talvez, aquele que seja o seu capítulo mais importante: a articulação comunitária visando a uma integração entre as polícias e os órgãos de apoio, como os conselhos comunitários.
Além destes órgãos, também são chamadas a contribuir entidades que não participam do dia-a-dia da segurança pública, como as associações empresariais. Um simples comunicado aos seus associados durante ocorrências de vulto, pedindo a contribuição com qualquer informação, já pode ser um auxílio e tanto na captura de criminosos. Por isso a importância do projeto, ao trabalhar o planejamento de como todas estas entidades vão se comunicar e auxiliar as polícias.
Espera-se agora que os municípios da região unam-se no apoio ao plano proposto, trabalhando de forma integrada para que a ideia seja colocada em prática. A segurança pública do Vale do Paranhana só tem a ganhar com a integração regional e a participação comunitária, conceitos básicos para que o setor funcione de forma adequada.

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