domingo, 20 de novembro de 2011

O que a comunidade ganha com isso?

Reproduzo abaixo editorial do Panorama, publicado na edição de 18/11/2011.

O que a comunidade ganha com isso?
O acirramento dos ânimos eleitorais, com vistas ao pleito do ano que vem, tem gerado inúmeras situações políticas nos últimos dias, algumas das quais provocam surpresa em Taquara. Esta semana, por exemplo, foi pródiga em ocasiões do gênero, começando com denúncia de vereadores oposicionistas sobre problemas na construção de casas populares no bairro Empresa e encerrando com o quiproquó na eleição da nova mesa diretora do Legislativo. Mas a pergunta que fica, depois disso tudo, é o que a comunidade ganha com isso?
Apesar de que o objetivo eleitoral seja negado em praticamente todas as situações, é óbvio que o pleito de 2012 está inserido nas polêmicas. De cada lado, oposição e situação se digladiam, utilizando-se, em algumas ocasiões, de expedientes questionáveis. O caso mais grave a exemplificar tudo isso foi a eleição na Câmara de Vereadores. Eleitos sob o prisma da renovação e prometendo diálogo até o final do mandato, os atuais componentes do Legislativo repetiram cenas do passado da Câmara taquarense, as quais ninguém gostaria de ver novamente.
Infelizmente, o “show” protagonizado pelos vereadores durante a sessão ordinária de quarta-feira em nada condiz com o que se espera de um parlamentar. O que se aguarda é um trabalho focado em prol da comunidade, com a elaboração de projetos que favoreçam a sociedade como um todo. Contudo, a tentativa de eleição da nova mesa diretora mostra que o que preponderou foi o interesse político partidário acima de tudo.
A consequência da confusão desta semana será, possivelmente, uma paralisação da discussão de assuntos no Legislativo, uma vez que vereadores vão estar mergulhados no debate jurídico sobre qual a saída para o fiasco em que se envolveram. Enquanto isso, a comunidade, que é responsável por arcar com os custos de manutenção da Câmara, verá a análise de demandas da sociedade paradas. O que certamente poderá ser prejudicial para o encaminhamento de projetos que interessam a Taquara.
O que fica disso tudo é: até quando os interesses pessoais e partidários vão estar acima do trabalho coletivo em prol do município? Além disso, até quando a comunidade vai acompanhar estas situações sem tomar uma posição mais forte a respeito destes tipos de acontecimentos? Não basta se limitar somente ao voto em 2012, pois existem, sim, formas de fazer com que os representantes atuem sintonizados com a população em anos não eleitorais. Basta participar e estar atento às decisões e posicionamentos emitidos pelos políticos. Sem esquecer que a Câmara definiu por mais cinco vereadores a partir da próxima legislatura. Espera-se que esta seja uma mudança para melhorar o ambiente político, evitando-se a repetição de cenas como a desta semana.

Abertura do Panorama

Tópicos publicados na seção abertura do Panorama, edição de 20/11/2011.

BRETE DO PP
O lançamento da candidatura de Caroline Telles à presidência da Câmara de Taquara colocou o Partido Progressista num brete. Alinhado ao PSDB com vistas à eleição de 2012, integrantes do partido em Taquara defendiam a eleição de Luis Felipe Luz Lehnen para o comando do Legislativo. Mesmo assim, Carol Telles ganhou apoio da direção nacional do partido, recebendo uma carta do presidente nacional do PP, lida durante a sessão ordinária desta semana do Legislativo. Em entrevista a Rádio Taquara no dia seguinte a confusão na Câmara, Telles reclamou que seu novo colega de partido, Fabiano Matte, não a apoiou para a presidência da Câmara. Ainda sobre a confusão no Legislativo, Carol Telles acompanhou anteriormente sete colegas como signatária de documento que indicava Fifi à presidencia neste ano.

COLETIVA DA CÂMARA
Vereadores de oposição se preparam, em Taquara, para lançar a coletiva semanal de imprensa da Câmara. A ideia foi aventada no Legislativo e está em estudo com o presidente Paulo Mello. Pela proposta, o encontro funcionaria como uma forma de contrapor o prefeito Délcio Hugentobler, que desde 2010 recebe a imprensa todas as segundas-feiras, em seu gabinete, onde esclarece várias situações envolvendo o Executivo. Em algumas ocasiões recentes, a coletiva do prefeito já foi ponto de partida para confrontos com o Legislativo. Vereadores de oposição disseram ao Panorama entenderam que, em algumas ocasiões, as críticas de Délcio não estariam sendo devidamente respondidas pela Câmara. Por isso a ideia de criar o encontro com a imprensa.

MARCO ZERO
Pelo menos um ponto da nova Praça Marechal Deodoro fugiu das atenções há duas semanas, quando houve a solenidade de reinauguração do espaço. O Marco Zero de Taquara (local em que são medidas as distâncias da cidade em relação às demais) está devidamente demarcado na nova praça, com uma placa de vidro indicando altitude e latitude. O ponto fica bem no centro da praça. Certamente uma novidade do espaço, que antes ficava escondida sob a pavimentação. Contudo, por meio do site do Panorama na internet o leitor Paulo Ritter da Luz apontou um problema nos dados. Segundo ele, a altitude correta de Taquara é 29 metros acima do nível do mar e não 46, conforme está gravado.

MEDIDA DRÁSTICA
Se em anos anteriores sinalizar a altura não era suficiente para evitar que o pórtico da decoração natalina de Taquara fosse derrubado por caminhões, desta vez a Prefeitura adotou uma medida drástica. Conforme placa instalada antes da chegada aos pórticos, está proibido o tráfego de caminhões na rua Júlio de Castilhos, ao menos no espaço situado no largo da Praça Marechal Deodoro. Casos de derrubada dos pórticos foram registrados nos últimos três anos, sempre envolvendo caminhões. Outra medida adotada neste ano é um visível aumento na altura das estruturas de suporte à decoração natalina.

domingo, 13 de novembro de 2011

Abertura do Panorama

Tópicos publicados na seção abertura do Panorama, edição de 11/11/2011.

AVALIAÇÃO CONTRADITÓRIA
Fazendo contraponto a matéria publicada na edição passada do Panorama, o prefeito Délcio Hugentobler considerou contraditória a avaliação de uma das comerciantes transferidas junto com a mudança do camelódromo. Isso porque ao mesmo tempo em que ela acusa a Prefeitura de “só ter jogado os camelôs para dentro da antiga rodoviária”, ela diz que as vendas aumentaram no novo espaço. Para o prefeito, se as vendas aumentaram, é sinal de que há algo positivo com a mudança. Sobre o camelódromo, a Prefeitura fechou negócio com os proprietários do prédio para a instalação de sala da Secretaria Municipal de Saúde, que será ponto de partida do transporte de pacientes a Porto Alegre. Délcio também cobrou a instalação de um posto de venda de passagens da rodoviária intermunicipal, por parte da Estação Rodoviária de Taquara.

POLÊMICA DO CONSELHO (I)
Segue a polêmica sobre a lei que regula o processo eleitoral do Conselho Tutelar. Nesta semana, o vereador Fabiano Matte reagiu novamente à declaração do prefeito Délcio Hugentobler de que estaria tentando dar um “golpe” na eleição do órgão. Segundo o parlamentar, acontece que a Prefeitura perdeu os prazos para a realização da eleição e, por isso, chegou a cogitar a prorrogação dos atuais mandatos. A medida, aliás, não é nova, destacou o vereador, pois foi tomada pelo próprio prefeito Délcio em 2002, quando sancionou a lei municipal 3.015. Matte pediu ainda que a Câmara organize uma reunião com todos os envolvidos, e a presença da imprensa, para que “a verdade dos fatos” venha à tona.

POLÊMICA DO CONSELHO (II)
De sua parte, o prefeito Délcio Hugentobler amainou o tom das críticas, mas disse que o assunto será discutido somente pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica). O prefeito publicou portaria nesta semana nomeando os novos integrantes do órgão, que foram empossados na manhã de terça-feira. Segundo ele, caberá exclusivamente ao Comdica a condução do processo eleitoral e das mudanças na legislação, sendo que o que for decidido pelo órgão será acatado pela Prefeitura. As reuniões, segundo Délcio, iniciaram logo depois da posse, com o objetivo de dar sequência ao imbróglio que envolve o Conselho Tutelar de Taquara.

VIENA SHOPPING
Vai ter dinheiro público envolvido na reforma da fachada do Viena Shopping, em Taquara. O prefeito Délcio Hugentobler confirmou que, por ter adquirido a sala do antigo Cine Viena, a Prefeitura terá que arcar com sua parte nas obras, que iniciaram recentemente. O chefe do Executivo não divulgou os valores empregados na obra pela administração, mas ponderou que a Prefeitura não poderia se furtar a sua responsabilidade nos trabalhos. “Com a compra da sala, temos agora direitos e deveres no condomínio”, disse Délcio. O prefeito acrescentou ainda que não há outra maneira de fazer a reforma sem que os condôminos partilhem custos.

SÓ TRÊS EM ATRASO
Coube ao vereador Luis Felipe Luz Lehnen fazer nesta semana a defesa do Legislativo sobre a reclamação do prefeito Délcio Hugentobler de que projetos estariam em atraso. Segundo Lehnen, mesmo que tenha falado em 16 projetos, Délcio enviou ofício à Câmara pedindo urgência apenas no andamento de 14 matérias. Além disso, acrescenta o vereador, apenas três estavam de fato em atraso. Dois deles as comissões da Câmara decidiram arquivar e outro deve ser votado nas próximas sessões. Lehnen também contestou o argumento de que a Câmara possuía todas as informações, pois um dos projetos aguarda desde o início de agosto resposta do Executivo. Além disso, Lehnen acrescentou que o restante dos projetos reclamados por Délcio deram entrada recentemente no Legislativo, não constando em atraso na análise por parte dos vereadores.

Abertura do Panorama

Tópicos publicados na seção abertura do Panorama, edição de 04/11/2011.

GOLPE NO CONSELHO
Questionado durante sua coletiva semanal de imprensa sobre o andamento do projeto de lei que muda as regras para eleição do Conselho Tutelar, o prefeito Délcio Hugentobler partiu para o ataque. Afirmou que as emendas propostas na Câmara configurariam uma tentativa de golpe em troca de apoio político, numa articulação que seria encabeçada pelo vereador Fabiano Matte (PP) e o ex-vice-prefeito Guido Mário Prass Filho (PP). O esquema engendrado, na tese do prefeito, acarretaria a prorrogação por um ano do atual mandato dos conselheiros tutelares, o que não será aceito. Délcio Hugentobler anunciou que pretende se reunir com os integrantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) para discutir os próximos passos do projeto de lei. Mas ressaltou que a matéria não se prestará a interesses políticos.

FABIANO CRITICA PREFEITURA
De sua parte, o vereador Fabiano Matte se defendeu. Disse que nenhuma das emendas propostas na Câmara cogitou a possibilidade de prorrogação do mandato dos conselheiros tutelares. Admitiu que ele próprio falou na tribuna sobre o assunto, criticando a Prefeitura por ter perdido os prazos para a realização da eleição. Segundo Fabiano, com a lei vigente não seria possível fazer uma nova eleição, por isso a ideia de criar uma nova legislação. O vereador também se disse surpreso, porque a proposta da Prefeitura inclusive contava com parecer favorável e seria votada na semana passada, mas chegou o pedido de retirada do projeto por parte do prefeito Délcio. Fabiano explicou ainda que a emenda proposta alterava as condições para os candidatos: em vez do ensino médio concluído, liberava-se candidatos que estejam cursando. Além disso, considerava-se como trabalho na área a atuação, por exemplo, em clubes de serviços.

PROJETOS EM ATRASO
O prefeito Délcio Hugentobler reclamou publicamente do atraso na análise de projetos de lei por parte da Câmara de Vereadores. Na sua coletiva semanal de imprensa, o chefe do Executivo apresentou uma lista contendo 16 matérias prioritárias para a Prefeitura que estão aguardando votação no Legislativo. Ressaltou que algumas delas, inclusive, não foram analisadas desde fevereiro, como é o caso de projeto que institui as taxas para o licenciamento ambiental. O prefeito ponderou que desta vez não se pode reclamar da falta de documentação, pois não possui consigo nenhum pedido da Câmara pendente de atendimento. Délcio solicitou ao Legislativo regime de urgência na tramitação de algumas matérias, a fim de acelerar o processo legislativo.